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Cuidados e desafios para a saúde do homem

Publicado: 08/02/24 às 09h03

Créditos: Hope Magazine

Em meio a programas e iniciativas voltadas à saúde, o
sexo masculino permanece, de maneira geral, resistente aos
chamados da prevenção. A falsa crença de invulnerabilidade
persiste até que, muitas vezes tardiamente, a realidade se
impõe.

Nesse contexto, o médico coloproctologista Daniel
Blanski, de Apucarana, destaca a importância de despertar
os homens para cuidados com o corpo, especialmente onde
tabus individuais retardam a busca por diagnósticos. E, em
meio a uma legião de perigos reais, ele alerta: a covid ainda
não acabou.

As campanhas de saúde devem estender seus esforços
para romper barreiras e fornecer esclarecimentos que
desmistifi quem tabus. “Existem vários programas voltados à saúde, para a população, tentando estimular a busca e o atendimento preventivo e precoce às doenças evitáveis e
tratáveis”, pontua Blanski, reforçando a importância dessas
iniciativas.

Infelizmente, porém, esses alertas não atingem a todos,
como deveria, principalmente ao sexo masculino, público
mais resistente a esses chamados pela falsa crença de não
ser atingidos: “até que acontece e (a descoberta é), muitas
vezes, tardia”. Nesse cenário, programas e publicações têm
um papel crucial em despertar os omissos e os estimular para
esses cuidados, a tempo.

Daniel Blanski ressalta que os homens devem superar
certos tabus, como o exame da próstata, buscando os
especialistas da área. Segundo ele, campanhas nesse sentido
“devem ser estimuladas com esclarecimentos para romper
essas barreiras, visando obter um diagnóstico negativo ou, se
positivo, em tempo adequado para o tratamento”.

O médico chama a atenção para outras questões de
saúde igualmente cruciais, como doenças com características
familiares, exacerbadas por falta de informação ou
desconhecimento, como o diabetes e hipertensão arterial,
entre outras. “Não podemos esquecer de áreas como
cardiologia, neurologia, endocrinologia, entre outras, como
as do aparelho digestivo envolvendo as doenças infl amatórias
e orifi ciais, que demandam cuidados”, acrescenta.

Essas e tantas outras questões, de um modo em geral,
afi rma Blanski, se benefi ciam muito com os cuidados habituais de alimentação adequada, manter-se no peso ideal, praticar exercícios físicos, lazer e demais atividades para cada caso.

A covid ainda não passou

A experiência do Dr. Blanski durante a pandemia de
Covid-19 é compartilhada, revelando os desafi os enfrentados
por médicos, pacientes e familiares. “Fomos todos
surpreendidos recentemente com o surgimento abrupto da
covid, de forma rápida, agressiva e sem conhecimento sobre
sua origem, prevenção e tratamento”, destaca. “Sofremos
todos, médicos, pacientes e familiares, sem as armas para
esse enfrentamento”.

O médico descreve as difi culdades enfrentadas pelos
profi ssionais de saúde que se propuseram a atender durante a
pandemia, como “agonias de casos graves, perda de controle,
afastamento de rotinas e o convívio com o desconhecido”. Ele
compartilha que a experiência foi uma passagem terrível a
qual espera não repetir. “Agora o cenário está mais calmo, mas
devemos fi car atentos, pois não foi embora”, afi rma o médico,
destacando ainda os perigos da dengue, que surgiu na esteira
da pandemia de Covid, com casos ainda mais graves.

Blanski enfatiza a necessidade de conviver com essas
ameaças e “ter os cuidados para melhorar nossa resistência
a esses ataques, cuidar da nossa saúde com atenção, para
não vivermos as complicações que ocorreram agravadas
por problemas individuais, somados por outras doenças,
descuidos com nosso corpo e pela rápida evolução da infecção
não permitindo a cura, com o custo da vida”.

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