Publicado: 04/12/19 às 11h35
Fonte: Ministério da Saúde
A Síndrome
de Burnout é um estado físico, emocional e mental de exaustão extrema,
resultado do acúmulo excessivo em situações de trabalho que são emocionalmente
exigentes e/ou estressantes, que demandam muita competitividade ou
responsabilidade, especialmente nas áreas de educação e saúde.
A principal causa da doença, conhecida
também como "Síndrome do Esgotamento Profissional", é justamente o
excesso de trabalho. Esta síndrome é comum em profissionais que atuam
diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes, como médicos,
enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, dentre outros. Traduzindo do
inglês, "burn" quer dizer queima e "out" exterior.
IMPORTANTE: A
Síndrome de Burnout também pode acontecer quando o profissional planeja ou é
pautado para objetivos de trabalho muito difíceis, situações em que a pessoa
possa achar, por algum motivo, não ter capacidades suficientes para os cumprir.
Essa síndrome pode resultar em estado
de depressão profunda e por isso é essencial procurar apoio
profissional no surgimento dos primeiros sintomas.
Fique atento aos
principais sinais e sintomas
A
Síndrome de Burnout envolve nervosismo, sofrimentos psicológicos e problemas
físicos, como dor de barriga, cansaço excessivo e tonturas. O estresse e a
falta de vontade de sair da cama ou de casa, quando constantes, podem indicar o
início da doença. Outros sintomas que podem indicar a Síndrome de Burnout
são:
·
Cansaço
excessivo, físico e mental.
·
Dor
de cabeça frequente.
·
Alterações
no apetite.
·
Insônia.
·
Dificuldades
de concentração.
·
Sentimentos
de fracasso e insegurança.
·
Negatividade
constante.
·
Sentimentos
de derrota e desesperança.
·
Sentimentos
de incompetência.
·
Alterações
repentinas de humor.
·
Isolamento.
·
Fadiga.
·
Pressão
alta.
·
Dores
musculares.
·
Problemas
gastrointestinais.
·
Alteração
nos batimentos cardíacos.
IMPORTANTE:
Normalmente, esses sintomas surgem de forma leve, mas tendem a piorar com o
passar dos dias. Por essa razão, muitas pessoas acham que pode ser algo
passageiro. Para evitar problemas mais sérios e complicações da doença, é
fundamental buscar apoio profissional assim que notar qualquer sinal. Pode ser
algo passageiro, como pode ser o início da Síndrome de Burnout.
O
diagnóstico da Síndrome de Burnout é feito por profissional especialista após
análise clínica do paciente. No entanto, muitas pessoas não buscam ajuda médica
por não saberem ou não conseguirem identificar todos os sintomas e, por muitas
vezes, acabam negligenciando a situação sem saber que algo mais sério pode
estar acontecendo.
Amigos
próximos e familiares podem ser bons pilares no início, ajudando a pessoa a
reconhecer sinais de que precisa de ajuda. O psiquiatra e o psicólogo são os
profissionais de saúde indicados para identificar o problema e orientar a
melhor forma do tratamento, conforme cada caso.
No
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)
está apta a oferecer, de forma integral e gratuita, todo tratamento, desde o
diagnóstico até o tratamento medicamentoso. Os Centros de Atenção Psicossocial,
um dos serviços que compõe a RAPS, são os locais mais indicados.
Como tratar?
O
tratamento da Síndrome de Burnout é feito basicamente com psicoterapia, mas
também pode envolver medicamentos (antidepressivos e/ou ansiolíticos). O
tratamento normalmente surte efeito entre um e três meses, mas pode perdurar
por mais tempo, conforme cada caso.
Mudanças
nas condições de trabalho e, principalmente, mudanças nos hábitos e estilos de
vida. A atividade física regular e os exercícios de relaxamento devem ser
rotineiros, para aliviar o estresse e controlar os sintomas da
doença. Após diagnóstico médico, é fortemente recomendado que a pessoa
tire férias e desenvolva atividades de lazer com pessoas próximas - amigos,
familiares, cônjuges etc.
SINAIS DE PIORA: Os sinais
de piora do Síndrome de Burnout surgem quando a pessoa não segue o tratamento
adequado. Com isso, os sintomas se agravam e incluem perda total da motivação e
distúrbios gastrointestinais. Nos casos mais graves, a pessoa pode
desenvolver uma depressão, que muitas vezes pode ser indicativo de internação
para avaliação detalhada e possíveis intervenções médicas.
Como prevenir?
A
melhor forma de prevenir a Síndrome de Burnout são estratégicas que diminuam o
estresse e a pressão no trabalho. Condutas saudáveis evitam o desenvolvimento
da doença, assim como ajudam a tratar sinais e sintomas logo no início.
·
Defina
pequenos objetivos na vida profissional e pessoal.
·
Participe
de atividades de lazer com amigos e familiares.
·
Faça
atividades que "fujam" à rotina diária, como passear, comer em
restaurante ou ir ao cinema.
·
Evite
o contato com pessoas "negativas", especialmente aquelas que reclamam
do trabalho ou dos outros.
·
Converse
com alguém de confiança sobre o que se está sentindo.
·
Faça
atividades físicas regulares. Pode ser academia, caminhada, corrida, bicicleta,
remo, natação etc.
·
Evite
consumo de bebidas alcoólicas, tabaco ou outras drogas, porque só vai piorar a
confusão mental.
·
Não
se automedique nem tome remédios sem prescrição médica.
· Outra conduta muito recomendada para prevenir a Síndrome de Burnout é descansar adequadamente, com boa noite de sono (pelo menos 8h diárias). É fundamental manter o equilíbrio entre o trabalho, lazer, família, vida social e atividades físicas.